Gilson Silva de Lima – gslima.lima@gmail.com
RESUMO
A Educação Contemporânea
necessita imediatamente de uma profunda mudança, e, toda a sociedade brasileira
deve discutir e meditar sobre tal possibilidade. O trabalho apresenta reflexões
contextualizadas e apoia a sugestão de novas ideias criativas. Na análise
efetuada a partir de alguns livros, revistas, manuais e sites da Internet,
escolhidos cuidadosamente, confirmado que a maioria faz referência à tão
sonhada transformação em aprender, saber, fazer e educar, mas sem conseguir
expor ideias brilhantes na prática educacional do dia-a-dia. Consequentemente,
a falta da prática é que está arruinando o Sistema Nacional de Educação Básica.
Palavras-chave: Educação
contemporânea. Mudança. Educação de
qualidade. Todos.
CONTEMPORARY EDUCATION: REFLECTIONS AND CHALLENGES
ABSTRACT
The Contemporary Education needs a radical change immediately, and all
of Brazilian society to discuss and ponder the possibility. The paper presents
contextualized reflections and supports the suggestion of new creative ideas.
In the analysis performed from some books, magazines, manuals and websites,
carefully chosen, confirmed that the majority refers to the long awaited
transformation in learning, knowing, doing and educating, but unable to expose
bright ideas in educational practice of the day to day. Consequently, the lack
of practice that is ruining the National System of Basic Education.
Keywords: Contemporary
education. Changing. Quality education. Everyone.
1 INTRODUÇÃO
Depende do empenho de todos para tornar a educação de nosso país
cada vez mais excelente, As classes de professores, representantes, entidades,
empresários, pais e governantes precisam definir, aprender e saber fazer
educação de qualidade. Analisar as responsabilidades assumidas é dever de toda
a comunidade em geral, para que assim, possa aplicar reflexões e vencer
desafios transformando o Sistema Educacional por completo. Pois, só entendendo
o que cada um sente, pensa e quer é que faremos educação qualitativa e
democrática de verdade.
2 A
NECESSIDADE DE UM NOVO SISTEMA EDUCACIONAL
Muitos anseiam por um novo Sistema educacional diferente e
competente. A Coneb [1]concorda e mostra com clareza como deve ser todo o
processo.
A educação básica
se concretiza por meio da proposição de políticas, programas, ações e
estratégias articuladas ou não pelos diferentes entes federados. Compreender
tal processo e buscar a construção de novas bases para a sua organização,
proposição e materialidade, em nível nacional, tendo em vista a garantia da
qualidade social da educação, implica avançar na consolidação de instâncias de
participação e deliberação coletivas, envolvendo a sociedade brasileira.
(CONEB, 2008, p. 3)
Envolver a sociedade brasileira gera uma educação democrática,
opinativa e analisada em várias visões e grupos de pessoas que não são
educadores, mas, têm excelentes ideias para a educação atual. Pois, vale
lembrar: não são sós os educadores que educam; os responsáveis pelos de menores
também têm que contribuírem.
3 OS
ESTABELECIMENTOS DE ENSINO PÚBLICO
Observadas atentamente veremos que são tantos os problemas
educacionais e políticos que estão destruindo as escolas, principalmente as
públicas.
O problema está
fundamentado num sistema econômico ideológico que, ironicamente, a própria
escola contribui para se propagar. Seu projeto pedagógico não tem uma análise
social do homem na sociedade em que vive. Mas sim, a ação humana sobre ou sob a
sociedade produtiva. No setor educacional não parece novidade o que o governo
vem fazendo com a educação pública. Alega insistentemente que a escola pública
está ruim e que seus trabalhadores precisam de formação adequada. Por outro
lado, são mínimos os salários desses profissionais. Outra característica
neoliberal na educação são as chamadas “ajudas” às famílias para que mantenham
os filhos na escola. O Estado deveria sim, está promovendo políticas públicas
de geração de emprego e qualidade de vida da população. Ao contrário, submete a
população excluída à manutenção da exclusão, e mais, fortalece os ideários da
privatização da educação. (Prada, 2008, p.4)
Conforme Pietrocola (2008 p. 2), a educação está enfrentando
sérias dificuldades “os estabelecimentos de ensino não apresentam qualidade e
sua ação pedagógica e gestão administrativa se caracterizam pela
improdutividade”. Exatamente por isso que a mesma deve buscar novos rumos, é
preciso agir com inteligência e motivação. Os desafios a serem enfrentados são
grandes, precisa-se de compreensão e discernimento do que será bom ou ruim numa
nova educação. É necessário um novo Sistema de Educação Básica, mas também
refletir e buscar tal mudança com conhecimento e sabedoria para não cometer os
mesmos erros do passado e do presente atual em que estamos vivendo.
4 OS GRANDES
DESAFIOS
4.1 Meditar antes
de agir
Primeiramente antes
de criticarmos a educação, devemos analisar[2] o que estamos fazendo para
melhorar-la seja nas escolas, no nosso lar, numa conversa com crianças etc.
Afinal ela está presente em todos os locais que freqüentamos.
Ninguém escapa da
educação. Em casa, na rua, na igreja ou na escola, de um modo ou de muitos
todos nós envolvemos pedaços da vida com ela: para aprender, para ensinar, para
aprender-e-ensinar. Para saber, para fazer, para ser ou para conviver, todos os
dias misturamos a vida com a educação. Com uma ou com várias: educação?
Educações. (BRANDÃO, 1986, p.07)
Exatamente porque todos nós envolvemos pedaços da vida com a
educação é que devemos refletir[3] bastante sobre nossas ações e atitudes em
relação à mesma tanto na parte de ensinar como também saber ouvir. Pois, sem
reflexões, sem capacidade de mover e transformar o que está ao nosso redor.
Sabemos
que,enquanto sujeitos sociais, só poderemos avançar em qualquer campo de nossas
vidas e nos desenvolvermos enquanto seres humanos quando exercermos nossas
capacidades de reflexão. Esta capacidade de refletir, nos auxilia para o
aprimoramento e desenvolvimento de nossas competências e habi8lidades de pensar
e de saber, de saber e de fazer e de pensar o saber fazer e fazer pensar.
Pensar criticamente sobre nossas ações e condutas cotidianas na escola
possibilita ampliarmos nosso campo de visão e buscarmos a construção de novas
visões, que transcendam os limites da tradição e que ousem a construção de
novas formas de ser e está atuando em educação, seja esta a educação na escola,
na família ou nos diferentes espaços sociais onde interagirmos.
(ABREU,2008.p.03)
4.2 A modernidade
deve ser estudada
Uma pergunta que deve ser feita por todos os educadores em geral
(pais, professores e responsáveis legais): será que os nossos filhos ou alunos
estão aprendendo o que tentamos transmitir para eles ou estão aprendendo o que
a modernidade[4] ensina? Será que dão valor aos seus tutores ou a mídia[5] em
geral? Segundo Maria Lúcia de Arruda Aranha (2006, p. 360)
A conseqüência é que o ser humano se vê afastado do seu centro,
isto é, da sua dimensão autônoma (crítica e reflexiva), e incapaz de gerir seu
próprio destino. Dá-se também o enfraquecimento dos laços de uma desejável
intersubjetividade, marcada pela solidariedade e cooperação, já que nessa ordem
empobrecida da universalização da razão instrumental predominam o egoísmo, a
competição e a exploração.
A humanidade é capaz de não ser crítica, não refletir e está
instalada num mundo capitalista, cujo prega o egoísmo, a competição e a
exploração como forma de sobrevivência. O que podemos então esperar das
crianças e dos adolescentes que observam os adultos como modelo. E por falar em
modelo, através das televisões, internet a mídia tem cada vez mais crescida.
Mas, vale lembrar que o que é exposto para o público infantil, jovem e
adolescente; pode ser certo ou errado. E, a maioria das vezes é o errado.
Fazendo com que o mesmo valorize mais a modernidade, a mídia em geral,
acumulando assim o gostar-por-gostar e não dando muito valor a educação que lhe
é ensinada, por que talvez um filme ou uma novela o ensinou algo novo mais
valorizado pelo o mesmo.
4.3 A modernidade e
suas consequências
Já que a modernidade serve de referência para as crianças, os jovens e
os adolescentes então podem perceber que não é nada fácil fazer educação com
tantos desenhos, novelas, filmes violentos e certos tipos de programas que
influenciam[6] os estudantes, vários na escola como também fora dela. Por outro
lado, não podemos desistir, afinal são em momentos difíceis que surgem as
grandes ideias. E elas poderão mudar o rumo da educação pra sempre; mas pra
isso e preciso que se instale em contra preposição aos ensinamentos da mídia.
4.3.1 Transformar a
mente de educando
Por isso, que todos em geral têm que fazer educação para o bem e
não para o mal. O que deve ser feito? Primeiro criar uma forma de mostrar aos
responsáveis dos educando que eles também têm que contribuírem e muito. Deverão
estar atento ao mundo, a modernidade e a mídia e verem que os seus filhos,
netos sobrinhos e alunos e etc... Estão aprendendo no dia- a- dia, para assim orientarem
os mesmos sobre os certos ou errados.
Os professores têm que estarem tentando fazer seus educando
enxergarem outro mundo através das indicações de excelentes leituras, pois, “os
livros não transformam o mundo. Os livros transformam as pessoas, e as pessoas
é que transforma o mundo.” (VARGAS, 2008,p. 07 apud QUITANA) Se são as pessoas
que transformam o mundo, então vamos transformar nossa educação, como? Cada um
fazendo a sua parte; o que realmente deve ser feito.
5 OS POLÍTICOS
Precisam ouvir opiniões de quem entende e trabalha na área
educacional e não agirem segundo suas ideias, pensando que só virá o bem, pois,
o que acaba acontecendo é o empobrecimento da educação. E só que perde são os
estudantes que estão iniciando uma jornada seqüencia; a onde não se pode errar
no começo de uma série letiva; porque o erro deixa coisas importantes fora da
aprendizagem dos mesmos.
Essa política
antiga[7] deve tomar nova[8] postura e ouvir pensamentos diferentes não são sós
porque o ser humano que está ensinado é um simples professor que não merece ser
ouvido, ele é que tem que ser ouvido. Pois, já tem um vasto
[9]conhecimento no setor em que atua; mais do que nunca é reafirmado que só
haverá mudança se houver união das comunidades, empresários, professores,
entidades, pais e governantes. Assim, poderemos traçar planos e mudar o que
parece impossível em nossos dias: trabalho infantil, violência, conscientizar e
transformar jovens e os adolescentes; fazendo com que não se envolva com
drogas. Mas para isso é preciso sejamos modelos e os exemplos vêm de cima,
afinal, é a mídia que mexe com a cabeça do público jovem e adolescente em
geral.
6 CONSIDERAÇÕES
FINAIS
Vale lembrar, que a educação necessita de um novo Sistema
Educacional, o qual só se realizará por meio de coletividade de toda sociedade
brasileira envolvida. Assim, cada um fazendo a sua parte, acabará a confusão de
uns jogarem a culpa em outros: hora culpados são os professores, hora são os
governantes ou os pais que não comparecem em reuniões educacionais. Em verdade,
a culpa é de todos nós, que somos egoístas por causa de um sistema chamado de
capitalismo, colocamos o dinheiro em primeiro lugar, e não levamos coisas tão
importantes a sério.
Mas, na hora em que todos perceberem que têm que fazerem alguma
coisa para melhorar a educação: que os governantes precisam ouvir quem está
numa sala de aula educando; um representante estudantil colaborar dizendo qual
a necessidade do grupo, que a mídia aprender a pensar melhor antes de
transmitir o errado e que os pais aprenderem acompanhar o desenvolvimento dos
seus filhos; enfim: no dia em que todos nós descobrirmos o poder que a palavra
união tem. O Brasil estará preparado para vencer desafios e surgirá um novo
Sistema da Educação Básica capaz de ensinar o que realmente significa educação.
REFERÊNCIAS
CONEB, Conferência
nacional da educação básica: documento final. Brasília: MINISTÉRIO DA
EDUCAÇÃO, 2008.
PRADA, Lenir Rosa
André. Educação contemporânea: ato político ou econômico.
Pós-Graduação Lato Sensu em Psicopedagogia.
PIETROCOLA,
Mauricio. A educação científica e os desafios da sociedade atual. São
Paulo, 2008.
BRANDÃO, Carlos
Rodrigues. O que é educação. São Paulo: Brasiliense, 1986.
ABREU, ET AL. Revista
científica eletrônica de pedagogia. Periódicos Semestral,
ano VI, n. 11,
2008. Disponível em: <http://www.revista.inf.br> Acesso em: 10 nov. 2009.
ARANHA, Maria Lúcia
de Arruda. História da educação e da Pedagogia. São Paulo:
Moderna,
2006.
VARGAS, Mundo
jovem. São Paulo, 2008
[1] Coneb:
conferência nacional de educação básica.
[2] Analisar:
observar com cuidado e atenção.
[3] Refletir:
pensar bem, com cuidado e cautela antes de agir.
[4] Modernidade:
dos tempos atuais ou mais recentes.
[5] Mídia: conjunto
dos meios de informação e de comunicação, em especial a televisão.
[6] Influenciam:
predomínio sobre o público estudantil.
[7] Antiga: que
existe a muito tempo.
[8] Nova: recente
voltada para a necessidade da educação básica.
[9] Vasto: que tem
grande experiência na área profissional.