terça-feira, 18 de junho de 2019

A indústria do descartável...


Gilson Silva de Lima

Em vários lugares é fácil observar que os produtos são sempre descartáveis. Alguns necessários e outros nem tanto assim. O certo é que a indústria já os projeta com o objetivo claro: fazer o mundo capitalista se movimentar. E nisso tem transformado quase toda a população mundial em consumidora a curtíssimo ou curto prazo. Pois, o médio e o longo prazo já foram descartados há muito tempo.
Hoje em dia são quantidades pequenas de produtos que têm uma durabilidade longa. E o maior problema é que não são só os produtos, os relacionamentos também passaram a serem descartáveis. Quantos casais se conhecem, se namoram e se casam? Depois de um curtíssimo tempo tá cada qual pro seu lado. O motivo? Diversos. Mas em destaque no mundo moderno, a falta de amor, e por consequência a falta de diálogo, compreensão e disposição para enfrentar os problemas da vida juntos.
Se tudo tá bem, o relacionamento amoroso está ótimo. Porém, se aparecer uma crise, os dois não são culpados! Um deles é o culpado! E por ai começa todo o desentendimento entre ambos. Até o marido ou a esposa chegar à conclusão que a melhor escolha é a separação. Entretanto, não aceitam enfrentar as tempestades que a vida impõe juntos (salvo uns pouquíssimos casais).
É bem mais fácil usar a velha expressão: “você não é a pessoa certa ou eu não sou a pessoa certa pra você”. Como se homem e mulher fossem peças padronizadas com numerações que se encaixam. Então, por que o homem e a mulher não se tornam as pessoas certas fazendo sacrifício?
Porque sacrificar não é uma tarefa tão fácil. E são pouquíssimas as pessoas que se esforçam pra isso. Por isso, seguir com orgulho e ignorância parece ser a alternativa melhor. Mesmo que tenham filhos envolvidos no processo, uma das partes tá pouco se importando com o sofrimento das crianças. O que importa é a sua opinião autoritária e pronta. Não há duvida que a indústria do descartável no relacionamento ocorra por falta de sacrifício. Em alguns casos porque não havia jeito. Em outros, porque é bem gostosinho viver a indústria do descartável do que se sacrificar!