sábado, 1 de fevereiro de 2014

O tempo transforma tudo e todos

Com o passar do tempo algumas coisas perdem o valor
A vida alcança o topo da escada
E recomeça do primeiro degrau
O retorno a minha terra natal:
Onde era um lixão agora é um bairro planejado
Maria que sonhava em ser engenheira
Trabalha numa pequena lanchonete
Marcos considerado por todos um fracassado
Administra uma das maiores empresas
Sônia que era orgulhosa e si gabava
Que só casaria se fosse com um homem rico
Mora com um pé inchado de domingo a domingo
O que me espanta é o Fabricio
Um guri que ninguém aguentava
Já tínhamos até traçado o seu destino
Dizendo que seria coisa ruim ou algo do tipo
Virou um jovem brilhante engenheiro elétrico
E sua irmã Rita que era uma menina feia
Uma carinhosa e cobiçada bonita mulher!


Gilson Silva de Lima


Uma sociedade mais justa é necessária

Ontem caiu uma chuva lá fora
Da janela do meu quarto vi um vaga-lume
Solitário a brilhar sobre uma folha
A frieza teimava em bater a minha porta
Então meu cérebro começou a viajar
Por cenários que aquele vaga-lume enfrentou ou enfrentaria
Transportando as cenas para a vida real
Quantas pessoas estão solitárias vagando
Pelas ruas, pelas cidades ou pelo mundo?
Talvez a comida de hoje seja a ultima
Banana podre encontrada no lixo, só talvez,
Porque no lixo poderá não ter nada!
É, saber que irá dormir numa cama confortável,
De papelão forrando o chão com o estômago vazio
Parece ser legal! Traz o cobertor de jornal!
Piada tão sem graça. Que só faz sorrir
Todos os homens corruptos eleitos pela “sociedade” de zumbi.
Nem o vaga-lume que leva várias vantagens
De acordo com a comparação si gaba, uma, por exemplo:
O vaga-lume tem brilho!
Os abandonados pela sociedade, pelas politicas públicas,
Que não têm brilho, todos os sonhos estão apagados!



Gilson Silva de Lima